A moral é uma consequência da
ética, que advém da racionalidade e sensibilidade. E que, ao lado do bom senso,
é responsável pelas decisões reflexivas tomadas por um indivíduo. A ética é a
teoria, a moral é a prática. Entretanto, a moral não é
restrita ao ser humano. Podemos identificá-la também em outras espécies, pois
surge com os costumes e constitui leis. Tanto em uma civilização quanto na vida
selvagem. Sendo, neste segundo caso, independente da ética, pois o animal não
tem racionalidade para conceber uma reflexão acerca do que acontece. Mas, por instinto, sabe que é algo necessário para a sua sobrevivência. Então se torna algo puramente instintivo; limpo; sem disfarces...
Com esta análise percebemos que a
moral é simples e relativa às necessidades. Não há nada de elevado nela, assim
como não há nada de elevado em trabalhar para prover seu sustento, ou, em alimentar-se;
defecar etc. Fazemos por que é necessário. Todavia, é notável que moral sirva
apenas para impor regras. Regras essas que são criadas de acordo com o gosto dos
poderosos de cada época e grupo. Em uma cultura o indivíduo é impelido a adotar
determinada postura e vê-la como sendo moral, segue “valores morais”. Então o
desditoso de senso comum passa a orgulhar-se disso e, pomposamente, denomina-se
“homem de bem”, por viver de acordo com "a moral e os bons costumes". Esse não
passa de um escravo que se adorna com os grilhões que lhe prende, pois não tem
sagacidade para caminhar de acordo com sua própria ética.
A ética, inevitavelmente, gera a
moral. Um padrão para ações, afim de que se ajuste com a rotina. Por isso, é algo mutável de acordo com os interesses. Vendo assim,
acredito que o termo “moral” é fantasioso e demasiado pomposo. Deveria, sem mais atavios, chamar-se “costume”. Mas para controlar rebanhos é preciso de muita pompa...
Enfim, “moral” não existe.
::.Édna [05/12/2011].::
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