Sou atéia, materialista e niilista. Aos 15 anos comecei a ter crises existênciais; o que me levou a refletir sobre o universo e aos aspectos da vida.
Em nossa individualidade, somos impelidos a acreditar que podemos dar um valor maior à nossa existência, nos achamos especiais. Pura ilusão, não passamos de animais dotados de sentidos; sentidos limitados e falhos que nos permite um feixe de percepções.
Graças à nossa limitada capacidade de percepção, achamo-nos superiores às demais espécies. Procurando dar sentido a nossa existência, inventamos valores como a moral. Isso é algo nato nos humanos. Tudo para justificarmo-nos; para iludirmo-nos. Aos olhos de alguns este pensamento pode parecer radical, extremado... mas é uma conclusão que foi obtida aos poucos, por vivências e insistentes questionamentos.
O que me motiva é a vontade de conhecer, de saber. Muitas vezes, devido principalmente ao entusiasmo próprio da juventude, cometo equívocos. Não tenho grande dificuldade em admiti-los, em buscar o acerto. Me considero uma pessoa persistente em assuntos que me despertam interesse. Tento encontrar um estilo de vida que, de certa forma, seja favorável aos meus anseios. Essa inquietude faz sentir-me viva, enervada.
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